Eu nunca consegui responder a essa pergunta, e creio que tem muita gente por aí que também não foi capaz. E nunca por não saber exatamente o que gosta, e sim por gostar de muitas coisas e por ter facilidade de adaptação.
Se você se sente assim, não se preocupe, você é uma pessoa multipotencial (ou alma renascentista), ou seja, aquela pessoa que tem mais de um interesse e atua em diferentes áreas. Abaixo, listo as principais características dessa personalidade:
- Pula de interesse em interesse ao longo da vida, se sente curioso sobre novas coisas, quer sempre aprender algo novo, é curioso;
- Se aprofunda em uma ou mais coisas mas entendia-se depois de algum tempo, assim nunca se especializa em nada, sente que é sempre o iniciante;
- Sente que não consegue terminar nada e sente frustração e fracasso quando pensa nos projetos que ficaram pelo caminho sem ser finalizados;
- Percebe que muita gente não vê a conexão entre os seus interesses, e às vezes nem o próprio multipotencial enxerga;
- A pergunta “o que você quer ser quando crescer” te atormenta, porque você não consegue pensar em uma resposta exata para ela;
- Nunca está satisfeito e sempre procura se aperfeiçoar;
- Não consegue escolher uma carreira pois tem medo que seja a escolha errada.
Quer um exemplo de pessoas multipotenciais? Leonardo da Vinci. Ele foi pintor, escritor, arquiteto, engenheiro, escultor, poeta, físico, inventor, anatomista, entre outras coisas. E tem mais: Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, René Descartes, Isaac Newton, Aristóteles, Oprah Winfrey e Steve Jobs.
A princípio ser multpotencial parece ser algo extremamente negativo, mas não é bem assim, basta ver os exemplos citados acima, de pessoas que conseguiram canalizar sua curiosidade e se destacar.
Todo multipotencial adora aprender, explorar e dominar novas habilidades. São curiosos, interessados e conseguem enxergar potencial onde muita gente só vê informação inútil. Também tem um talento para juntar esses vários interesses de forma criativa e fazer nascer novos trabalhos, novas empreitadas, novos empreendimentos. Eles aprendem rápido novas habilidades e não tem medo de ser iniciante, de começar algo novo, e isso é sensacional.
O lado negativo está no fato de que crianças, jovens e adultos multipotenciais podem sofrer problemas durante sua vida por querer fazer e se interessar por diversas coisas ao mesmo tempo, gerando alto nível de estresse, escolhas impulsivas ou conformistas. Crescemos acreditando que o certo é escolher uma carreira e ir com ela até o fim e acabamos sendo incompreendidos, porque aos olhos da sociedade nós somos o tipo de pessoa que “não termina nada” ou “não se especializa em nada”, pois o que se espera, como profissionais, é uma especialização. Esse é o padrão e o “normal”. Por isso, pessoas com outro tipo de personalidade, cuja mente funciona de forma multipotencial, podem sofrer para se ajustar a esse mercado de trabalho, pois ele exige delas uma forma de comportamento que não vem naturalmente.
É claro que os especialistas são muito importantes para o mercado, assim como os multipotenciais. A questão é parar de criar comportamentos ideias e permitir que as pessoas se desenvolvam dentro de seuas possibilidades e características, pois somente assim elas poderão dar sempre o melhor de si.
Neste vídeo, a escritora e artista Emilie Wapnick descreve melhor o conceito. Confira:
Se quiser saber mais sobre o assunto, Emilie criou um site para falar mais sobre o tema, chama-se PuttyLike. E finalizo esse post com essa linda frase:
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